O que é?
O Junho Violeta é o mês de conscientização, orientação e prevenção da Ceratocone. O Ceratocone é uma doença de origem genética rara, por isso cerca de 6 a 8% dos casos diagnosticados possuem histórico familiar da doença que geralmente se desenvolve entre a infância até o final da adolescência.
O principal sintoma associado à doença é a perda progressiva da visão. Pode ser acompanhado por alguns sinais como: aumento frequente do grau dos óculos, coceira nos olhos, associação com alergias como rinite e sinusite, olhos vermelhos e inflamados, fotofobia e lacrimejamento.
A avaliação dos sintomas do paciente, a presença de histórico familiar e a alterações de refração na visão, associados a exames oculares como topografia computadorizada da córnea, paquimetria corneana e a tomografia computadorizada permitem ao médico oftalmologista determinar o diagnóstico de Ceratocone. Além do diagnóstico, é possível avaliar a progressão da doença, o grau de comprometimento da área afetada e direcionar o tratamento ideal para cada caso.
O tratamento para Ceratocone depende essencialmente do estágio em que a doença se encontra. Casos mais leves e moderados podem ser tratados com o uso de óculos, lentes de contato específicas e anéis intracorneais. Ainda temos a opção de transplante de córnea nos casos mais avançados e que não obtiveram sucesso ou indicação das opções anteriores. Casos que apresentam progressão da doença, devem ser submetidos a um tratamento denominado de Crosslinking, uma técnica cirúrgica que promove o fortalecimento das fibras de colágeno da córnea. O ceratocone é uma doença de origem genética e o histórico familiar são determinantes para que ela se desenvolva, no entanto, manter os hábitos de higiene adequados na região ocular, evitar coçar os olhos, tratar alergias e realizar consultas periódicas com o médico oftalmologista podem ajudar na prevenção da doença.