O Olho Seco atualmente é considerado como uma síndrome, isto é uma doença com vários sinais e sintomas. Também chamada de Síndrome de Disfunção Lacrimal, ela é caracterizada pela diminuição de lágrimas nos olhos. Pode ocorrer por diminuição da produção de lágrimas ou aumento da evaporação da lágrima.

Quais os principais sintomas e sinais do Olho Seco?

As principais queixas dos pacientes com Olho Seco são ardência, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, oscilação da visão, irritação e vermelhidão dos olhos.  

O Olho Seco tem cura?

Ela é considerada uma doença crônica, isto é, vai se desenvolvendo gradualmente ao longo de anos e não apresenta uma cura. Há diversos tratamentos para atenuar os sintomas e evitar o seu agravamento.

Quais os tratamentos para Olho Seco? 

Antes de indicar o tratamento do Olho Seco, o paciente deve passar por avaliação com médico oftalmologista especialista para avaliar as alterações e a gravidade de cada caso. Além de verificar se há doenças correlacionadas, como a artrite reumatóide, é preciso entender a rotina e a exposição ambiental do paciente, como uso de computadores e ambientes com ar condicionado. 

O tratamento inicial é o uso de colírios de lágrima artificiais. Em alguns casos, já indicado as versões sem conservantes, pois permitem uso mais frequente sem a toxicidade de conservantes e preservantes. 

Há também opções de tratamentos com anti-inflamatórios e antibióticos. Em alguns casos, é necessário realizar a oclusão do ponto lacrimal para aumentar a quantidade de lágrima no olho. Recentemente, procedimentos para desinflamar e desobstruir as glândulas de gordura das pálpebras (Glândulas de Meibomius), com luz pulsada regulada de alta intensidade (IRPL) ou calor local, com compressão dessas glândulas. 

A Alergia Ocular pode se manifestar de acordo com estação ou período do ano, ou mesmo de forma contínua. 

Quais os sintomas da Alergia Ocular?

Os principais sintomas manifestados são coceira nos olhos, olhos vermelhos, lacrimejamento, irritação à luz (fotofobia) e coceira nos olhos. O quadro pode ser decorrente de alterações localizadas na região dos olhos ou secundário a alergia do organismo (quadro sistêmico) ou de rinite alérgica. 

Alergia Ocular é grave?

A alergia ocular deve ser controlada para evitar complicações como perda da visão e opacidade decorrente de membranas inflamatórias nos casos mais graves. 

Há grande associação de coceira nos olhos com o desenvolvimento da doença de Ceratocone em pacientes com predisposição. Atualmente, a alergia ocular é considerada como principal fator para a progressão, isto é, piora do Ceratocone. 

Quais os tratamentos disponíveis para Alergia Ocular?

O paciente com alergia ocular deve se conscientizar de não coçar os olhos, manter o ambiente livre de tapetes e cortinas e também deve ser auxiliado com tratamentos com colírios antialérgicos, lubrificantes e anti-inflamatórios se necessários. 

A avaliação do médico alergista ou otorrinolaringologista pode ser necessária em casos de difícil controle e com outras doenças sistêmicas associadas. Em casos mais graves e intensos (Conjuntivite Papilar Gigante), pode ser necessário realizar cirurgia para retirada de papilas da parte interna das pálpebras.

O Pterígio é uma alteração na conjuntiva, caracterizada por um tecido fibrovascular, com aspecto de uma membrana avermelhada com formato triangular. Devido a este aspecto, também é conhecida como “carne dos olhos”.  

Costuma aparecer em pessoas que vivem em países tropicais com irradiação solar abundante durante o ano, por isso o Pterígio é comum no Brasil e caso não tratado corretamente, pode evoluir acometendo os olhos e visão de forma mais grave. O surgimento da doença é influenciado por fatores genéticos e familiares.

Areia, poeira, fumaça e produtos químicos também podem acarretar episódios de inflamação do pterígio. 

É comum ter astigmatismo quando há Pterígio?

Sim, os pterígios em estágios moderados e avançados causam aplanamento em um dos eixos da córnea e geram astigmatismo, dificultando o foco nas imagens e causando distorções.

Qual o tratamento para Pterígio?

Nos casos de pterígios pequenos e sem sintomas de irritação, deve-se usar óculos com proteção UVA e UVB e fazer acompanhamento. Se houver irritação recorrente, deve-se iniciar o uso de colírios lubrificantes e anti inflamatórios. 

Quando o paciente já apresenta pterígio cobrindo parte da córnea e do eixo visual, é indicada a cirurgia para resolver o problema. Há técnicas com menor índice de recidiva, que é a possibilidade de volta do pterígio. O uso de adesivo biológico (“cola biológica”), ao invés da sutura “com ponto”, diminui o desconforto no pós-operatório e facilita a cicatrização da cirurgia. 

A conjuntivocálase é caracterizada pelo excesso de conjuntiva, especialmente da região inferior, que causa algumas dobras entre o globo e a borda livre da pálpebra inferior. É mais comum aparecer após os 60 anos. Não há causa determinada mas parece estar relacionada a perda de aderência da conjuntiva com a esclera, e correlação com prurido ocular.

Nos casos mais leves, pode não ocorrer sintomas. Nos casos moderados e avançados, os pacientes podem ter sintomas de olho seco e irritação recorrente. 

Qual o tratamento para Conjuntivocálase?

O tratamento baseia-se na lubrificação da superfície ocular usando gotas de lágrimas artificiais ou pomadas. Quando não há melhora satisfatória, há opção da cirurgia corretiva com ressecção do excesso de conjuntiva, ou também com técnica de cauterização chamada de diatermia.

O transplante de córnea é indicado quando a transparência ou a curvatura da córnea estão muito alteradas, não permitindo uma boa visão, mesmo utilizando outros recursos disponíveis. 

Quais tipos de transplantes existem?

No transplante há substituição da córnea alterada por uma córnea doadora, podendo ser em todas camadas da córnea (Transplante Penetrante), apenas da camada anterior da córnea (Transplante Lamelar Anterior) ou apenas da camada posterior da córnea (Transplante Lamelar Posterior ou Transplante Endotelial). O Transplante de Córnea é um procedimento indicado para o tratamento das formas severas de ceratocone, ceratopatia bolhosa, distrofia de Fuchs e traumatismo de córnea.

Como recebo a córnea para um transplante?

Trata-se de um procedimento que necessita de um doador e portanto o paciente deve ser inscrito na fila, que é regionalizada por estados. O médico especialista em transplantes que poderá avaliar, indicar a melhor técnica e inscrever o paciente na fila de transplante. A fila ocorre independente se a cirurgia for feita no SUS, convênio ou particular. 

Infelizmente há grande fila para transplante de córnea pois há dificuldades de captação pelos Bancos de Tecidos Oculares, além de pouca informação para a população e baixos índices de doação de córneas. No Brasil, em março de 2023, havia 22.757 adultos e 583 crianças à espera desta cirurgia, segundo dados da Revista Brasileira de Transplantes, da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). 

A Blefarite é uma inflamação da borda da pálpebra, que pode ser acompanhada por vermelhidão e inchaço, irritação ocular, escamas e crostas nas bordas das pálpebras.

O que causa Blefarite?

A Blefarite está relacionada ao desequilíbrio das bactérias desencadeado por aumento da oleosidade da pele, uso excessivo de maquiagem, protetores solares, e doenças sistêmicas. A blefarite também está frequentemente associada a doenças de pele, como rosácea ocular, eczema, caspa e psoríase. Podemos classificar Blefarite anterior e posterior, de acordo com a região mais acometida.

A Blefarite Anterior afeta a base dos cílios e costuma ocorrer por uma reação inflamatória a bactérias que vivem naturalmente nesta região (Blefarite Estafilocócica) ou por um aumento da oleosidade local (Blefarite Seborreica).

Blefarite Posterior é devido a disfunção das glândulas meibomianas, que existem nas margens das nossas pálpebras. Esta disfunção altera a secreção natural que estas glândulas produzem e acabam também interferindo na estabilidade da nossa lágrima e causando sintomas de olho seco.

Qual o tratamento para Blefarite?

O tratamento é baseado na limpeza diária da borda das pálpebras. Recomenda-se produtos específicos para esfregar, de forma suave, a borda das pálpebras. A higiene das pálpebras ajuda a eliminar o excesso de bactérias e gordura. Compressas de água quente ajudam a evitar o entupimento das glândulas sebáceas. Nos casos mais graves de blefarite, são prescritos antibióticos tópicos (pomadas ou colírios) ou via oral. Podem ser associados a alguns tratamentos para Olho Seco.

A ceratite é o nome técnico para descrever uma inflamação da córnea. 

Quais os sintomas da Ceratite?

Na maioria dos casos de ceratite, o paciente queixa de dor ao piscar os olhos, irritação e ardência ocular, lacrimejamento ou presença de secreção nos olhos, e sensibilidade à luz (fotofobia).

O que causa a Ceratite?

Há diversas causas de ceratite. Pode ocorrer devido ao ressecamento ocular e síndrome do olho seco. O trauma ocular pode ser também uma causa de ceratite. As ceratites também podem ser infecciosas, causadas por bactérias, vírus, fungos ou acanthamoeba. 

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que é a membrana transparente que reveste nosso olho e a parte interna das pálpebras. Ela serve como barreira protetora dos olhos.

Quais os sintomas de Conjuntivite?

Um dos sinais mais comuns encontrado em todos os tipos de conjuntivite é a vermelhidão nos olhos. Também é comum ocorrer lacrimejamento e irritação à luz (fotofobia). 

Entretanto, há outras formas de manifestação dessa doença, inclusive com alguns sintomas específicos para cada tipo. Confira os principais!

Quais os tipos de Conjuntivite?

Na conjuntivite alérgica, encontramos coceira nos olhos, sensação de areia ou de cisco nos olhos. Não é uma forma contagiosa.

Nas conjuntivites virais é comum a descrição de pálpebras grudadas ao acordar. Nas conjuntivites bacterianas há também a presença de secreção purulenta. Em ambos os casos, o contágio ocorre pelo contato da secreção.

O que devo fazer em caso de conjuntivite contagiosa?

Reforce os cuidados com higiene dos olhos e das mãos. Não compartilhe objetos e toalhas. Troque a fronha do travesseiro diariamente. Lave os olhos e faça compressas com água filtrada gelada. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos, já para forma bacteriana podemos usar colírios de antibiótico. 

Para fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, o médico oftalmologista deve ser consultado. 

Qual a função do endotélio da córnea?

O endotélio é a camada mais interna da córnea, constituído de uma única camada de células escamosas. Elas têm papel fundamental na regulação da hidratação da córnea através de um sistema de transporte ativo de íons. Quando essa regulação se torna prejudicada por danos ao endotélio, a córnea se torna edemaciada, principalmente no estroma, que é a camada do meio da córnea e que representa a maior parte da córnea. Com isso, há perda da transparência, comprometendo a visão.

Como ocorre a alteração do endotélio?

Há doenças hereditárias que podem causar alterações do endotélio. Podem ser vistas no nascimento e na infância, por doenças congênitas, ou em idades mais avançadas, conhecida como Distrofia de Fuchs. 

Nas cirurgias oculares, principalmente na cirurgia de catarata, ocorre perda de células da córnea. A quantidade irá variar de acordo com o paciente e a dificuldade da cirurgia realizada. 

Quais tratamentos disponíveis para alterações do Endotélio da Córnea?

Nos casos de alterações após algum procedimento cirúrgico ou traumas, ou mesmo na Distrofia de Fuchs, deve-se iniciar tratamento com colírios anti inflamatório e hiperosmóticos que podem resolver o dano e tornar a córnea transparente novamente. 

Nos casos em que o tratamento clínico não teve o resultado esperado, pode-se realizar o transplante de córnea lamelar posterior, ou o transplante penetrante de córnea. Nos últimos anos, a terapia com colírio importado de inibidor da Rho quinase tem mostrado bons resultados para casos mais leves e auxilia na regeneração do endotélio da córnea.

Olho Seco

O Olho Seco atualmente é considerado como uma síndrome, isto é uma doença com vários sinais e sintomas. Também chamada de Síndrome de Disfunção Lacrimal, ela é caracterizada pela diminuição de lágrimas nos olhos. Pode ocorrer por diminuição da produção de lágrimas ou aumento da evaporação da lágrima.

Quais os principais sintomas e sinais do Olho Seco?

As principais queixas dos pacientes com Olho Seco são ardência, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, oscilação da visão, irritação e vermelhidão dos olhos.  

O Olho Seco tem cura?

Ela é considerada uma doença crônica, isto é, vai se desenvolvendo gradualmente ao longo de anos e não apresenta uma cura. Há diversos tratamentos para atenuar os sintomas e evitar o seu agravamento.

Quais os tratamentos para Olho Seco? 

Antes de indicar o tratamento do Olho Seco, o paciente deve passar por avaliação com médico oftalmologista especialista para avaliar as alterações e a gravidade de cada caso. Além de verificar se há doenças correlacionadas, como a artrite reumatóide, é preciso entender a rotina e a exposição ambiental do paciente, como uso de computadores e ambientes com ar condicionado. 

O tratamento inicial é o uso de colírios de lágrima artificiais. Em alguns casos, já indicado as versões sem conservantes, pois permitem uso mais frequente sem a toxicidade de conservantes e preservantes. 

Há também opções de tratamentos com anti-inflamatórios e antibióticos. Em alguns casos, é necessário realizar a oclusão do ponto lacrimal para aumentar a quantidade de lágrima no olho. Recentemente, procedimentos para desinflamar e desobstruir as glândulas de gordura das pálpebras (Glândulas de Meibomius), com luz pulsada regulada de alta intensidade (IRPL) ou calor local, com compressão dessas glândulas. 

Blefarite

A Blefarite é uma inflamação da borda da pálpebra, que pode ser acompanhada por vermelhidão e inchaço, irritação ocular, escamas e crostas nas bordas das pálpebras.

O que causa Blefarite?

A Blefarite está relacionada ao desequilíbrio das bactérias desencadeado por aumento da oleosidade da pele, uso excessivo de maquiagem, protetores solares, e doenças sistêmicas. A blefarite também está frequentemente associada a doenças de pele, como rosácea ocular, eczema, caspa e psoríase. Podemos classificar Blefarite anterior e posterior, de acordo com a região mais acometida.

A Blefarite Anterior afeta a base dos cílios e costuma ocorrer por uma reação inflamatória a bactérias que vivem naturalmente nesta região (Blefarite Estafilocócica) ou por um aumento da oleosidade local (Blefarite Seborreica).

Blefarite Posterior é devido a disfunção das glândulas meibomianas, que existem nas margens das nossas pálpebras. Esta disfunção altera a secreção natural que estas glândulas produzem e acabam também interferindo na estabilidade da nossa lágrima e causando sintomas de olho seco.

Qual o tratamento para Blefarite?

O tratamento é baseado na limpeza diária da borda das pálpebras. Recomenda-se produtos específicos para esfregar, de forma suave, a borda das pálpebras. A higiene das pálpebras ajuda a eliminar o excesso de bactérias e gordura. Compressas de água quente ajudam a evitar o entupimento das glândulas sebáceas. Nos casos mais graves de blefarite, são prescritos antibióticos tópicos (pomadas ou colírios) ou via oral. Podem ser associados a alguns tratamentos para Olho Seco.

Alergia Ocular

A Alergia Ocular pode se manifestar de acordo com estação ou período do ano, ou mesmo de forma contínua. 

Quais os sintomas da Alergia Ocular?

Os principais sintomas manifestados são coceira nos olhos, olhos vermelhos, lacrimejamento, irritação à luz (fotofobia) e coceira nos olhos. O quadro pode ser decorrente de alterações localizadas na região dos olhos ou secundário a alergia do organismo (quadro sistêmico) ou de rinite alérgica. 

Alergia Ocular é grave?

A alergia ocular deve ser controlada para evitar complicações como perda da visão e opacidade decorrente de membranas inflamatórias nos casos mais graves. 

Há grande associação de coceira nos olhos com o desenvolvimento da doença de Ceratocone em pacientes com predisposição. Atualmente, a alergia ocular é considerada como principal fator para a progressão, isto é, piora do Ceratocone. 

Quais os tratamentos disponíveis para Alergia Ocular?

O paciente com alergia ocular deve se conscientizar de não coçar os olhos, manter o ambiente livre de tapetes e cortinas e também deve ser auxiliado com tratamentos com colírios antialérgicos, lubrificantes e anti-inflamatórios se necessários. 

A avaliação do médico alergista ou otorrinolaringologista pode ser necessária em casos de difícil controle e com outras doenças sistêmicas associadas. Em casos mais graves e intensos (Conjuntivite Papilar Gigante), pode ser necessário realizar cirurgia para retirada de papilas da parte interna das pálpebras.

Ceratite

A ceratite é o nome técnico para descrever uma inflamação da córnea. 

Quais os sintomas da Ceratite?

Na maioria dos casos de ceratite, o paciente queixa de dor ao piscar os olhos, irritação e ardência ocular, lacrimejamento ou presença de secreção nos olhos, e sensibilidade à luz (fotofobia).

O que causa a Ceratite?

Há diversas causas de ceratite. Pode ocorrer devido ao ressecamento ocular e síndrome do olho seco. O trauma ocular pode ser também uma causa de ceratite. As ceratites também podem ser infecciosas, causadas por bactérias, vírus, fungos ou acanthamoeba. 

Pterígio

O Pterígio é uma alteração na conjuntiva, caracterizada por um tecido fibrovascular, com aspecto de uma membrana avermelhada com formato triangular. Devido a este aspecto, também é conhecida como “carne dos olhos”.  

Costuma aparecer em pessoas que vivem em países tropicais com irradiação solar abundante durante o ano, por isso o Pterígio é comum no Brasil e caso não tratado corretamente, pode evoluir acometendo os olhos e visão de forma mais grave. O surgimento da doença é influenciado por fatores genéticos e familiares.

Areia, poeira, fumaça e produtos químicos também podem acarretar episódios de inflamação do pterígio. 

É comum ter astigmatismo quando há Pterígio?

Sim, os pterígios em estágios moderados e avançados causam aplanamento em um dos eixos da córnea e geram astigmatismo, dificultando o foco nas imagens e causando distorções.

Qual o tratamento para Pterígio?

Nos casos de pterígios pequenos e sem sintomas de irritação, deve-se usar óculos com proteção UVA e UVB e fazer acompanhamento. Se houver irritação recorrente, deve-se iniciar o uso de colírios lubrificantes e anti inflamatórios. 

Quando o paciente já apresenta pterígio cobrindo parte da córnea e do eixo visual, é indicada a cirurgia para resolver o problema. Há técnicas com menor índice de recidiva, que é a possibilidade de volta do pterígio. O uso de adesivo biológico (“cola biológica”), ao invés da sutura “com ponto”, diminui o desconforto no pós-operatório e facilita a cicatrização da cirurgia. 

Conjuntivite

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que é a membrana transparente que reveste nosso olho e a parte interna das pálpebras. Ela serve como barreira protetora dos olhos.

Quais os sintomas de Conjuntivite?

Um dos sinais mais comuns encontrado em todos os tipos de conjuntivite é a vermelhidão nos olhos. Também é comum ocorrer lacrimejamento e irritação à luz (fotofobia). 

Entretanto, há outras formas de manifestação dessa doença, inclusive com alguns sintomas específicos para cada tipo. Confira os principais!

Quais os tipos de Conjuntivite?

Na conjuntivite alérgica, encontramos coceira nos olhos, sensação de areia ou de cisco nos olhos. Não é uma forma contagiosa.

Nas conjuntivites virais é comum a descrição de pálpebras grudadas ao acordar. Nas conjuntivites bacterianas há também a presença de secreção purulenta. Em ambos os casos, o contágio ocorre pelo contato da secreção.

O que devo fazer em caso de conjuntivite contagiosa?

Reforce os cuidados com higiene dos olhos e das mãos. Não compartilhe objetos e toalhas. Troque a fronha do travesseiro diariamente. Lave os olhos e faça compressas com água filtrada gelada. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos, já para forma bacteriana podemos usar colírios de antibiótico. 

Para fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, o médico oftalmologista deve ser consultado. 

Conjuntivocálase

A conjuntivocálase é caracterizada pelo excesso de conjuntiva, especialmente da região inferior, que causa algumas dobras entre o globo e a borda livre da pálpebra inferior. É mais comum aparecer após os 60 anos. Não há causa determinada mas parece estar relacionada a perda de aderência da conjuntiva com a esclera, e correlação com prurido ocular.

Nos casos mais leves, pode não ocorrer sintomas. Nos casos moderados e avançados, os pacientes podem ter sintomas de olho seco e irritação recorrente. 

Qual o tratamento para Conjuntivocálase?

O tratamento baseia-se na lubrificação da superfície ocular usando gotas de lágrimas artificiais ou pomadas. Quando não há melhora satisfatória, há opção da cirurgia corretiva com ressecção do excesso de conjuntiva, ou também com técnica de cauterização chamada de diatermia.

Alterações do Endotélio da Córnea

Qual a função do endotélio da córnea?

O endotélio é a camada mais interna da córnea, constituído de uma única camada de células escamosas. Elas têm papel fundamental na regulação da hidratação da córnea através de um sistema de transporte ativo de íons. Quando essa regulação se torna prejudicada por danos ao endotélio, a córnea se torna edemaciada, principalmente no estroma, que é a camada do meio da córnea e que representa a maior parte da córnea. Com isso, há perda da transparência, comprometendo a visão.

Como ocorre a alteração do endotélio?

Há doenças hereditárias que podem causar alterações do endotélio. Podem ser vistas no nascimento e na infância, por doenças congênitas, ou em idades mais avançadas, conhecida como Distrofia de Fuchs. 

Nas cirurgias oculares, principalmente na cirurgia de catarata, ocorre perda de células da córnea. A quantidade irá variar de acordo com o paciente e a dificuldade da cirurgia realizada. 

Quais tratamentos disponíveis para alterações do Endotélio da Córnea?

Nos casos de alterações após algum procedimento cirúrgico ou traumas, ou mesmo na Distrofia de Fuchs, deve-se iniciar tratamento com colírios anti inflamatório e hiperosmóticos que podem resolver o dano e tornar a córnea transparente novamente. 

Nos casos em que o tratamento clínico não teve o resultado esperado, pode-se realizar o transplante de córnea lamelar posterior, ou o transplante penetrante de córnea. Nos últimos anos, a terapia com colírio importado de inibidor da Rho quinase tem mostrado bons resultados para casos mais leves e auxilia na regeneração do endotélio da córnea.

Transplantes de Córnea

O transplante de córnea é indicado quando a transparência ou a curvatura da córnea estão muito alteradas, não permitindo uma boa visão, mesmo utilizando outros recursos disponíveis. 

Quais tipos de transplantes existem?

No transplante há substituição da córnea alterada por uma córnea doadora, podendo ser em todas camadas da córnea (Transplante Penetrante), apenas da camada anterior da córnea (Transplante Lamelar Anterior) ou apenas da camada posterior da córnea (Transplante Lamelar Posterior ou Transplante Endotelial). O Transplante de Córnea é um procedimento indicado para o tratamento das formas severas de ceratocone, ceratopatia bolhosa, distrofia de Fuchs e traumatismo de córnea.

Como recebo a córnea para um transplante?

Trata-se de um procedimento que necessita de um doador e portanto o paciente deve ser inscrito na fila, que é regionalizada por estados. O médico especialista em transplantes que poderá avaliar, indicar a melhor técnica e inscrever o paciente na fila de transplante. A fila ocorre independente se a cirurgia for feita no SUS, convênio ou particular. 

Infelizmente há grande fila para transplante de córnea pois há dificuldades de captação pelos Bancos de Tecidos Oculares, além de pouca informação para a população e baixos índices de doação de córneas. No Brasil, em março de 2023, havia 22.757 adultos e 583 crianças à espera desta cirurgia, segundo dados da Revista Brasileira de Transplantes, da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).